Cláudia Lucas Chéu | POETISA e ENCENADORA

Sou um sortudo, um dia tive o sonho de fazer entrevistas de vida que me permitem conhecer pessoas incríveis.

Pessoas que marcam e vão ficar na história da sociedade portuguesa.

Falamos de histórias de vida e de temas que merecem reflexão para a existência de uma sociedade melhor e mais evoluída.

A minha convidada nasceu em Lisboa, 4 anos depois do 25 de abril de 74, e na margem sul do Tejo, filha de pai camionista e mãe doméstica. As primeiras viagens que fez foi no camião que o pai conduzia, conheceu os subúrbios da Europa, como por exemplo nos arredores de Paris onde passeou com os pais numa linha de caminhos de ferro abandonada.

Fez parte da mítica serie da televisão portuguesa Morangos com Açúcar. Na terceira temporada deu vida à personagem Dora, uma rapariga que se fazia passar por rapaz.

Este ano fez a adaptação de Orlando, de Virgínia Woolf, peça que esteve em cena em vários teatros do país, nomeadamente no D. Maria II em Lisboa. Mais do que uma peça de teatro é um momento de reflexão sobre a identidade de género e a violência associada à mesma.

Tal como quando escreveu o poema que dá nome ao livro Ode Triumphal à Cona, onde faz uma reflexão sobre o papel e a força das mulheres na sociedade atual.

Não há maior poder que o da cona.
Por ela, homens e mulheres destruíram famílias,
abandonaram o país, cometeram grandes culpas
— inveja, luxúria e gula.
Traídos foram irmãos e irmãs,
amigos de longa data, cônjuges e outros parentes.
Qui a déjà bouffé une chatte?
Fá-lo bem quem erguer o dedo.
Quem nunca manjou — ou quis que lha jantassem —
que atire a primeira língua.
Mesmo maldita, alça toda a espécie de gente:
cavalheiros e senhoras, eruditos e pessoas rudes,
e muitos imbecis, evidentemente.
Oh sim, é incomensurável o poder da cona”.

Ela é mulher, mãe, namorada, atriz, escritora, argumentista, dramaturga, professora, poetisa, cronista do jornal Público poeta, é ativista de causas que tornam o mundo melhor, mais tolerante onde todos têm lugar, sem haver discriminação.

Ela é arte e cultura, da cabeça aos pés.

Ela é Cláudia Lucas Chéu

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